Como seria ter uma parede na sua casa que contasse a sua história?

Um detalhe sobre a pia do banheiro, na bancada da cozinha, no jardim, na piscina… Um fragmento do seu cotidiano que vai muito além da estética — e se torna uma memória visível.

Foi assim que nasceram os azulejos que contam histórias.

Em 2024, iniciei um período desafiador na minha vida, e que ainda estou vivenciando. Compartilhei com minha família, amigas, alunas... mas sentia que algo ainda faltava. Eu precisava materializar o que estava vivendo. Dar forma ao invisível. Traduzir em barro tudo aquilo que me atravessava por dentro.

Decidi criar um pequeno quadro composto por quatro azulejos:

Era abstrato, mas para mim era tudo. Cada linha, cor e espaço representava um pedaço daquele momento. E foi tão bom fazer isso, tão verdadeiro, que entendi: essa linguagem podia se expandir.

Logo depois, ouvi com carinho a história da mãe de uma amiga muito querida. E me propus a criar a narrativa dela em um painel de seis azulejos.

Quando entreguei essas duas propostas em rascunho, ela se emocionou profundamente:

desenho do projeto de painel contendo 6 azulejos

Ali ficou claro: essas histórias visuais fazem sentido não só pra mim, mas para quem vive e reconhece nelas fragmentos da própria vida.

Hoje, esse é um dos trabalhos que mais me toca: ouvir uma história com atenção, sentir o que ela carrega e transformar em arte cerâmica. Pode ser um painel grande ou pequeno, monocromático ou colorido, com relevos sutis ou superfícies planas.

O mais importante é que cada peça seja autêntica, feita sob medida para refletir uma história real.

À primeira vista, o painel pode parecer apenas bonito ou abstrato, mas se eu te guiar na leitura, você vai perceber: é profundo, emocionante, carregado de amor e significado.

Essa sensação de pertencimento, de acolhimento e de valorização da sua trajetória transforma o espaço. A cozinha ganha outro sentido. O banheiro carrega mais alma. O quarto passa a ter memória. A sala conta quem vive ali.

E você escolhe onde quer ver sua história contada.

 

Eu não vejo a hora de ouvir a sua. E criar uma arte única, com alma, tempo e verdade — só sua.

 

Com carinho,
Luana Ruffolo
Ruffi Cerâmicas